Um terço da população sofre de algum ou de vários sintomas de má digestão.
A digestão é o processo mediante o qual obtemos os nutrientes dos alimentos que comemos. Assim, depende de 50% dos alimentos que ingerimos, e a 50% da qualidade funcional do nosso aparelho digestivo.
Isso faz com que pontualmente, após uma refeição copiosa ou que contenha demasiados irritantes, como picantes, potenciadores do sabor o um excesso de gorduras, todos podemos sofrer de incómodos como estômago inchado, sensação de plenitude, gases e refluxos.
O problema chega quando estes incómodos se convertem em crónicos, e comamos o que comamos surge mal-estar.
Os sintomas mais típicos de uma má digestão são acidez e ardor, gases e obstipação.
Com muita frequência estes sintomas são causados por uma dieta onde abundam os alimentos processados, pré-cozinhados, o que comemos de forma desorganizada, com ansiedade e demasiado depressa, e com o tempo estes sintomas se vêm agravados pelo o stress.
Para além de comer pausadamente, mastigando bem, e evitando os produtos ultra-processados, podemos seguir outros conselhos para que desapareçam esses sintomas de uma má digestão.
Conselhos para os sintomas de uma má digestão
Cuide do seu fígado
O fígado e o pâncreas são os órgãos implicados na produção de sucos gástricos. Estes sucos digestivos participam da degradação das gorduras, do pH do estômago e intestino, e do equilíbrio da nossa microbiota.
As folhas do Boldo (Peumus boldus) podem ajudá-lo a manter a saúde hepática. Tem atividade colagogo (estimula a produção de bílis), colerético (estimula a liberação da bílis). Podem ser úteis para aliviar as más digestões produzidas por dietas ricas em gorduras ou fritos. O Boldo também tem propriedades que regulam os níveis de açúcar no sangue e antinflamatórias.
Depois de comer troque o café por uma infusão de Menta
As folhas da Menta (Mentha piperita) tem propriedades espasmolíticas, pelo que é ideal para combater as digestões lentas e a sensação incómoda de plenitude. Também é descongestionante e previne a formação de gases.
Mantenha uma alimentação prebiótica
Em certas ocasiões, ter uma dieta com suficiente fibra dietética leva ao surgimento de gases.
Ainda que a fibra seja essencial para alimentar os microrganismos que vivem no nosso intestino. Também é sabido de outros fatores podem provocar que essa fibra não seja bem digerida e produza gases.
É o exemplo típico das leguminosas e as couves de Bruxelas. Isso ocorre porque há um desequilíbrio das bactérias que habitam o nosso sistema digestivo, o que significa que a dieta é cada vez menos variada.
Quanto menos variada seja a dieta, mais a microbiota sofre.
O que podemos fazer para remedar?
Ajudar com enzimas digestivas e probióticos. Além de manter a saúde intestinal e ajudar a manter a barreira defensiva do corpo, seremos capazes de melhorar a digestão de açúcares, gorduras e proteínas.
Evite a obstipação
Uma digestão excessivamente lenta e uma má qualidade da flora intestinal, somadas a outros fatores como estilo de vida sedentário ou beber pouca água, acabam quase inevitavelmente em obstipação.
Recorrer a laxantes irritantes soluciona o problema momentaneamente, mas a longo prazo piora. Por isso mesmo, o Green Club recomenda Carbonato de Magnésio. Além de melhorar o pH digestivo, reduzir a acidez, este sal de magnésio ajuda a hidratar as fezes, impedindo a retenção de líquidos e facilitando a evacuação.
Artigo escrito por Nerea Rivera:
Nerea Rivera é nutricionista e licenciada em Ciência e Tecnologia alimentar. Endossada como Treinadora Nutricional pela Universidade Isabel I, a sua especialidade é Nutrição Clínica e a abordagem do excesso de peso e obesidade através da terapia dietética, coaching e suplementação. Tem mais de 11 anos de experiência em consultoria e divulgação de hábitos saudáveis.
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